Nasceu em Lisboa a 30 de Dezembro de 1861. Assentou praça no regimento de cavalaria Lanceiros de El-Rei, em 14-I-1879. Matriculou-se na Escola do Exército, curso de Artilharia, em 1881. Promovido a 2.º tenente, foi colocado no Regimento de Artilharia 1, em Campolide, servindo depois no Regimento de Artilharia 3, em Santarém, e nas Baterias a Cavalo, em Queluz. Militar africanista, participa nas campanhas de “pacificação” em Angola, designadamente nas terras banhadas pelo rio Cubango. Em 1894, foi nomeado ajudante de campo de António Enes, sendo designado Governador Geral de Angola de 1907 a 22 de Julho de 1909. Por ocasião do 5 de Outubro de 1910, foi um dos poucos oficiais que de facto se bateu em defesa do regime monárquico, apresentando em 21 de Abril do ano seguinte requerimento solicitando a demissão de oficial do exército, apesar de o Governo Provisório o ter convidado, logo em 14 de Outubro, para presidir à comissão encarregada de estudar a colonização de Benguela. Exila-se em Espanha, de onde comandará as incursões monárquicas de 1911 e 1912, a partir da Galiza. Participa, em 30 de Janeiro de 1912, no designado “Pacto de Dover”, pelo qual as diferentes facções monárquicas chegam a acordo. Em 1919, proclama a breve “Monarquia do Norte”. Regressou posteriormente a Portugal, dirigindo, em 31 de Outubro de 1937, uma carta ao Presidente do Conselho Oliveira Salazar, em que protestava contra o desleixo em que se encontrava a defesa das possessões coloniais. Remetido de novo ao exílio em Espanha, de onde voltará, doente e alquebrado. Morreu em Lisboa a 11 de Fevereiro de 1944.
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